Noticia

Sector privado faz balanço positivo do ano económico 2025

Sector privado faz balanço positivo do ano económico 2025
Sector privado faz balanço positivo do ano económico 2025

O ano económico de 2025 foi marcado por desafios atípicos, que exigiram das empresas resiliência e capacidade de adaptação. É a avaliação do sector privado e de gestores, que consideram que, apesar das dificuldades, foram lançadas as bases para a retoma do crescimento económico do país, fruto das reformas implementadas no primeiro ano deste quinquénio.

O fecho do ano económico revelou uma trajectória marcada inicialmente pela queda de receitas, consequência das manifestações registadas no país, bem como por choques externos e algumas reformas estruturais. Apesar disso, os empresários consideram que as condições para um crescimento sustentável estão a ser criadas.

Noor Momade, presidente do Conselho de Administração da Cotur, reconheceu as dificuldades enfrentadas:
“Não foi um ano fácil, mas trabalhámos. Tivemos momentos complicados e ainda há desafios, mas, como em tudo na vida, os problemas passam. Tivemos o Covid-19, que foi terrível, mas passou. É preciso sermos resilientes, aguentar firmes e persistir. Com proximidade e empenho, as coisas tornam-se diferentes”, afirmou Momade.

Um dos assuntos mais discutidos durante o ano foi a escassez de crédito. Segundo Momade, este tema está no topo das prioridades do governo:
“Nós temos estado a falar com várias instituições, que estão preocupadas e querem resolver a situação. Não há varinha mágica, não podemos pedir milagres, mas, desde que exista essa vontade de resolver, acredito que a situação será ultrapassada. É apenas uma questão de tempo, e temos fé e esperança”, acrescentou.

Agostinho Vuma, presidente do Conselho Executivo da Fundação para o Desenvolvimento Empresarial, destacou a postura do governo: “Houve humildade ao reconhecer os desafios e implementar reformas que tornam Moçambique um destino privilegiado para o investimento.”

Ainda segundo Vuma, embora as linhas de financiamento aprovadas para reanimar empresas sejam positivas, a sua implementação ainda não é efectiva devido às condições de acesso. A mesma perspectiva de crescimento é apontada para o sector das infra-estruturas, com destaque para a reabilitação da EN1, sinal de progresso no desenvolvimento nacional.

Os intervenientes fizeram estas avaliações durante o brinde de fim de ano, orientado pelo Presidente da República, em Maputo, encerrando assim 2025 com uma visão de esperança e confiança na retoma económica em 2026.